BrasÃlia – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, entregou
na tarde desta quinta-feira (27) ao deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) a
proposta de um projeto de lei que faz alterações no formato atual das
ações populares. Lamachia esteve no gabinete do parlamentar, em
BrasÃlia, acompanhado do presidente da Associação dos JuÃzes Federais do
Brasil (Ajufe), Roberto Carvalho Veloso. Lorenzoni é relator do Projeto
de Lei 4850/2016 – que estabelece propostas contra a corrupção - na
comissão especial que discute o tema na Câmara dos Deputados. Também
estiveram na audiência o conselheiro federal da OAB pelo Paraná, Cassio
Lisandro Telles, e o vice-presidente da Caixa de Assistência dos
Advogados da Seccional do Rio Grande do Sul, Pedro Zanette Alfonsin.
“Essa
é uma contribuição da OAB com a Ajufe. É a primeira vez que temos uma
parceria entre essas duas entidades apresentando uma ideia para um
projeto de lei. Ele traz em seu contexto algo que entendemos
absolutamente inovador, que é a possibilidade de termos a modificação da
ação popular para que ela possa também remunerar aquele que será o
autor popular. Muitas vezes o autor da ação ajuÃza a mesma, gasta anos
de dedicação e trabalho a ela e não recebe nenhum tipo de ressarcimento
pela despesa e incomodo que teve durante esse processo todo. Pela
proposta, o advogado que vai representar o autor da ação recebe também
uma remuneração pelo trabalho realizadoâ€, disse Lamachia.
O
presidente nacional da OAB destacou durante o encontro com o parlamentar
o potencial que a proposta terá em motivar os cidadãos na proteção dos
interesses públicos. “Com este instrumento os quase um milhão de
advogados poderão ser verdadeiros fiscais da coisa pública. E teremos
ainda condições de transformar todo o cidadão brasileiro que queira agir
em defesa do Estado num efetivo fiscal da coisa pública. Portanto, é um
instrumento democrático e de combate à corrupção e à impunidadeâ€,
afirmou ele.
O presidente da Ajufe destacou que o projeto será
um instrumento a mais na luta contra a corrupção. “Essa proposta também
vai ao encontro do combate à corrupção. Ela incentiva o autor popular a
investigar por conta própria os casos de desvios de recursos. Numa
licitação, uma suspeita de superfaturamento, se ele tiver a informação,
ele mesmo terá a legitimidade para propor o ressarcimento. E a novidade é
justamente a indenização. Uma parte do que for recuperado ir para o
autor popular e para o advogadoâ€, declarou Veloso.